sábado, março 10, 2012

Quinta de Camarate Branco Doce 2011

Ora aqui está uma coisa, para mim, tão improvável como dizer bem do José Sócrates. Branco doce? Afaste de mim esse cálice.
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Cale-se!
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Quando me lembro de branco doce vem-me sempre à cabeça um vinho que sempre detestei, o João Pires, ícone da moda na década de oitenta e sumido desde a de noventa.
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Ao contrário do senhor Pires, a doçura deste branco vem do alvarinho (67%) e da loureiro (33%), cepas da região dos Vinhos Verdes. De facto, o resultado é bem diferente. É que conforme seduz, a(s) casta(s) moscatel podem tender para chato. Como Domingos Soares Franco lhe «injecta» a doçura não sei, mas o mestre sabe o que faz!
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É um vinho floral, rosáceo, mas menos frágil. O mestre fala em pêssegos, mas a coisa passou-me ao lado. De facto, há ali qualquer coisa carnuda, entre o rijo e o doce, mas não me pareceu pêssego. Já as citadas nozes se dão com elas mais facilmente. É gordo na boca, mas não é um cozido à portuguesa… calma, que o vinho é bom para o Verão!
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Origem: Vinho Regional Península de Setúbal
Produtor: José Maria da Fonseca
Nota: 6/10
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Nota: Este vinho foi enviado para prova pelo produtor.

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