quarta-feira, abril 07, 2010

Vinhos Abreu Callado

Em primeiro lugar tenho a dizer que não conhecia a Fundação Abreu Callado até receber, por email, uma missiva em que me propunha que provasse os seus vinhos. De facto, há tantos produtores no país que é impossível conhece-los a todos, para mais uma pessoa como eu, que não vive da crítica e apenas baseia as suas notas, sobretudo, nas incursões por garrafeiras ou na partilhas com amigos.
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Após uma pesquisa na internet, encontrei o sítio da fundação, onde fiquei a saber um pouco mais, pois a caixa que me entregaram não trazia qualquer informação. O recipiente trazia, sim, uma amostra de cinco vinhos tintos, reflectindo a gama produzida. Há ainda um branco, mas esse ficou na herdade.
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No sítio fiquei a saber que a instituição surge da iniciativa benemérita de Cosme Abreu Callado. Com os pais criou um asilo para idosos e reformados da sua casa agrícola. A educação é outro das actividades desta fundação de Benavila, em Avis.
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Seguidamente apresentarei, em postas individuais, os diferentes vinhos mandados para prova. Genericamente, tenho a referir que apreciei a moderação de madeira, que, contudo, também se fez presente. Na maioria das situações, o vinho encontrou-se com as barricas durante apenas seis meses. O topo de gama viveu-a por oito meses.
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A contenção de madeira dita, obviamente, o preço dos vinhos, visto o custo de produção ser menor. Assim, os vinhos da Fundação Abreu Callado apresentam-se a preços convidativos, que não ferem a bolsa nem insultam o apreciador. São vinhos com muito boa relação entre a qualidade e o preço, não são Ferraris. Uma excepção, o topo de gama pareceu-me com preço bastante acima do desejável.

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